Manifest — Sepultura (História da música #1)
Em “Manifest”, Max faz o papel de jornalista, informando sobre um massacre que ocorrera na Penitenciária do Carandiru, em São Paulo, apenas alguns meses antes. Projetado para armazenar 3 mil detentos, o Carandiru estava superlotado, com cerca de 8 mil presos, quando uma rebelião começou no Pavilhão 9. A resposta da polícia de “atirar primeiro e perguntar depois” resultou na morte de mais de 100 detentos. Nenhum policial tinha sido incriminado até o início de 2013 — quando começariam os julgamentos, mais de dez anos após a penitenciária ter sido demolida e mais de vinte após o massacre ter ocorrido.
[Trecho presente no livro — Relentless: 30 anos de Sepultura — página 127/128.]
Resumidamente, o Coronel Ubiratan Guimarães foi o verdadeiro responsável pelo ocorrido, o mesmo foi acionado para comandar a polícia militar afim de “acalmar a situação” referente a rebelião que estava ocorrendo no presídio devido a uma briga durante uma partida de futebol. Foi então que Pedro Franco de Campos, que era o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, deu a autorização para que a Polícia invadisse o complexo e aí iniciou-se uma das maiores chacinas na história do Brasil. Anos mais tarde, o comandante da operação, o Coronel Ubiratan, foi condenado a 632 anos de prisão em 2001, mas em 2006, após o mesmo se eleger deputado estadual por São Paulo, a Justiça o absolveu da pena, e em setembro daquele mesmo ano, ele foi assassinado, e no muro do prédio onde morava foi pichada a frase: “aqui se faz, aqui se paga”.
Abaixo estão algumas matérias de jornal de época que cobriram todo o caso: