Se fosse analisar no parâmetro histórico da banda em comparação ao quadrinho anterior que Mauri Kunnas fez em relação aos Beatles, poderia afirmar com toda segurança que está obra aqui é bem inferior. Mas calma, não digo que o quadrinho é ruim, ou péssimo ou uma miséria total a ponto de torná-lo impossível de ser consumido. A questão, é que esse quadrinho não inspira fatos da vida real, ou seja, é uma obra fictícia. Isso aqui está mais pra um What If fracassado dos Rolling Stones, no qual o enredo gira em torno da banda já citada que fará uma apresentação no maior evento beneficente que já ocorrera na história, chamado Live Aid. Entra um grupo terrorista que tenta impedir a programação do evento, sequestram Mick Jagger e Keith Richards para fazer lavagem cerebral em ambos, logo entra um investigador aposentado fortemente baseado no Sherlock Holmes, só que abobalhado que está sempre em pânico e que ao mesmo tempo está disposto a desvendar o x da questão para então impedir as tramóias desses terroristas. Resumidamente, é um Scooby Doo + What If = Mac Moose e os Stones. Os personagens são caricaturizados, uma característica marcante nas obras de Kunnas; possuem os nomes alterados propositalmente para soar sarcástico, o que até certo ponto não me incomoda; a arte de Kunnas permanece invejável, a coloração te deixa em êxtase, é super caprichado tanto na pintura quanto nos detalhes de fundo; há boas referências e citações diretas a outros músicos; os diálogos ora são genéricos, ora são engraçados; há uma cena específica que vale ressaltar, no qual um certo personagem começa a quebrar a quarta parede, o que torna um dos melhores momentos de todo o quadrinho. Repito, só que em outras palavras, isso não é uma biografia, portanto você não levará como fato o que ocorre aqui, pelo amor... É apenas uma descontração, é pra ser divertido a leitura. Então se fosse avaliar da forma mais clichê possível, como muitos "críticos renomados" fazem, de zero a cinco eu daria três estrelas.
Dados técnicos:
Título: Mac Moose e os Stones
Autor: Mauri Kunnas
Tradução: Pasi Loman e Lula Loman
Revisão: Mário Gonçalino
Copyright desta edição: 2015, Edições Ideal
Páginas: 58
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