A História da Música


A história da música está diretamente ligada a origem da humanidade. Ao longo das eras, essa manifestação artística evoluiu de forma significativa, refletindo mudanças culturais, sociais e tecnológicas.
Podemos definir a música como sendo uma forma de arte que trabalha com a composição de melodia, harmonia e ritmo. Todos esses elementos são fundamentais, tornando a música uma forma capaz de transmitir emoções e pensamentos de maneira que as palavras muitas vezes não conseguem.
A palavra “música”, tem origem na expressão grega musiké téchne, que significa a arte das musas.
Vale ressaltar alguns pontos determinantes referente a música: ela pode ser definida como uma forma de expressão, permitindo que as pessoas compartilhem suas experiências e emoções mais profundas; pode influenciar as nossas emoções de maneira significativa; a escolha consciente da música é capaz de ressoar nossas experiências e valores, garantindo uma conexão emocional; a linguagem musical possui um meio essencial para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social.
De acordo com a definição do dramaturgo, Victor Hugo:
“A música expressa o que não pode ser dito em palavras mas não pode permanecer em silêncio”.

Sobre a forma como a música reflete em cada um de nós, a audição percebe a combinação de elementos sonoros. Por esta razão, torna-se perceptível características como a duração do som, sua altura, intensidade e timbre, que ocorrem em diferentes ritmos, melodias ou harmonias.
A melodia é definida como a sequência de notas musicais. A sucessão de sons organizados proporciona um sentido musical ao ouvinte. É a melodia que permanece na memória depois de se ouvir uma canção.
Mas a linha melódica não é solta no ar, ela é suportada pela estrutura harmônica. É a seleção de notas que compõem determinado acorde; que seria a formação sonora. Em um sentido amplo, harmonia é a descrição do desenrolar ou progressão dos acordes ao longo de uma composição.
O terceiro elemento que compõe a música é o ritmo. É exatamente o embalo para a melodia sustentada pela harmonia. Pode-se ter o ritmo do samba, valsa, bolero, prelúdios, qualquer um dependendo da invenção e da composição. O ritmo dita o tempo musical e o estilo da música, medindo a duração de um som na música, mas diferentemente como o tempo medido usando um relógio comum. A relação entre o tempo e a duração das notas musicais dá origem ao ritmo.
A forma como o ouvido humano percebe a frequência dos sons é chamada de altura. Quando a frequência é baixa, diz-se que o som é grave; quando é alta, diz-se que o som é agudo. Assim, o tom é a altura de um som na escala geral.
Quando se fala em timbre, distingue-se entre sons na mesma frequência que são produzidos em instrumentos diferentes. Por exemplo, uma nota reproduzida na mesma altura por um piano e por um saxofone são sonoramente diferentes.

De acordo com pesquisadores, há 4.000 anos os egípcios já possuíam um nível de expressão musical elevado pois, nessa época, as músicas eram ferramentas para cerimônias religiosas.
Os primeiros seres humanos produziam sons para poder se comunicar e expressar emoções antes de se adaptarem ao uso da linguagem verbal. Sons naturais e instrumentos rudimentares foram utilizados para comunicação e rituais, baseadas na observação dos fenômenos da natureza. Os sons da natureza, como o canto dos pássaros, os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam, como por exemplo, os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros. E consequentemente, produziram sons rítmicos e melódicos.
Nesse período, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente dito e estavam relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.
Na pré-história o ser humano já produzia uma forma de música que lhe era essencial, pois sua produção cultural constituída de utensílios para serem utilizados no dia-a-dia, não lhe bastava, era na arte que o ser humano encontrava campo fértil para projetar seus desejos, medos, e outras sensações que fugiam a razão. Diferentes fontes arqueológicas, em pinturas, gravuras e esculturas, apresentam imagens de músicos, instrumentos e dançarinos em ação, no entanto não é conhecida a forma como esses instrumentos musicais eram produzidos.
Das grandes civilizações do mundo antigo, foram encontrados vestígios da existência de instrumentos musicais em diferentes formas de documentos. Os sumérios, que tiveram o auge de sua cultura na bacia mesopotâmia a milhares de anos antes de Cristo, utilizavam em sua liturgia, hinos e cantos salmodiados, influenciando as culturas babilônica, caldéia, e judaica, que mais tarde se instalaram naquela região.
Os instrumentos simples desempenhavam papel central em rituais e atividades grupais. No Egito Antigo, a música era fundamental em contextos religiosos e seculares, conectando humanos aos deuses. Na Mesopotâmia, instrumentos como liras e harpas eram usados em rituais religiosos e festividades.
A Grécia Antiga considerava a música essencial para a educação e cultura, influenciando o caráter das pessoas e desenvolvendo teorias musicais. Os gregos desenvolveram a música modal, uma organização sonora composta de 7 sons.
Na Roma Antiga, a música, fortemente influenciada pela Grécia, era essencial em cerimônias religiosas e eventos sociais.
As civilizações antigas utilizavam a música em cerimônias religiosas e festivais, bem como para contar histórias e transmitir conhecimentos.
Durante a Idade Média, o canto gregoriano ou cantochão foi predominante, mas a música popular também teve destaque com o surgimento dos trovadores e menestreis. Guido d'Arezzo criou a pauta de cinco linhas, definindo as alturas das notas e o nome de cada uma.
Atualmente, a música continua em evolução e tem a tecnologia exercendo um papel central e possibilitando um maior alcance. 

Para finalizar o post, gostaria de ressaltar alguns fatos importantes sobre os primórdios da música, que vale conhecer:
Fato número 1: O Hino Hurrita nº 6 é a música mais antiga do mundo, uma ode à deusa Nikkal, achada em Ugarit, na Mesopotâmia. Foi composta na língua hurrita, no período final desta civilização, 3.400 anos atrás e é de fato a música mais antiga sobre a qual sabemos o suficiente para fazer sua reconstrução sonora. A música foi descoberta em Ugarit, no que hoje é o norte da Síria, em escavações realizadas no início dos anos 1950.
Fato número 2: A primeira música gravada foi a canção folclórica francesa “Au Clair de la Lune”, gravada em 9 de agosto de 1860 por Édouard-Léon Scott de Martinville. Scott de Martinville inventou uma das primeiras máquinas de gravação de som, que funcionava com uma agulha que vibrava ao som, criando um baixo relevo em um cilindro giratório. 
Fato número 3: A primeira pessoa a registrar uma música em papel foi Qiugong, um chinês que viveu no século 6. Qiugong tocava uma espécie de cítara e teria transcrito a peça Jieshi Diao Youlan. 

Referências:
Infoescola: História da música
Wikipédia: História da música
Brasil Escola: História da música
Schieffer: Como surgiu a música?
Toda Matéria: História da música
Super Interessante: Qual foi a primeira música gravada?

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